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Resumo
Este livro trata de uma peregrinação realizada nos Caminhos de Rosa, localizado no sertão mineiro. O trajeto é composto de vários cenários que inspiraram os escritos do autor de Grande Sertão: Veredas, João Guimarães Rosa. Foram 177 quilômetros de caminhada em seis dias, de Andrequicé a Cordisburgo, terra natal de Rosa.
Me senti atraída pelo sertão ao ler Vidas Secas aos vinte e poucos anos. Desde lá, estive como turista em várias regiões do nordeste do Brasil, inclusive em terras sertanejas. Entre idas e vindas, permanecia a vontade de vivenciar o sertão de outras formas. Quando vi um anúncio sobre a peregrinação Caminhos de Rosa não resisti. Para mim, era a oportunidade de unir a caminhada (que tanto amo!) com a literatura, e, sobretudo, me aproximar do sertão, não só um espaço geográfico, mas também um estado do ser (sentimento). Cruzar um trecho dele a pé me fez entender um pouco mais o porquê da paixão.
Mas afinal, o que realmente é o sertão?
No meu imaginário, o que predominava, entre tantas cenas, era um sertão habitado por poucos. De calor escaldante. De longas caminhadas. De minguada energia elétrica e mandacarus, imagem simbolizada na capa. No entanto, o sertão não se resume a isso. Nessa obra não há uma abordagem do ponto de vista histórico ou sociológico, mas a minha perspectiva.
Quem percorrer estas páginas poderá refletir sobre estar em lugares que nos aproximam da nossa essência, e as descobertas possíveis quando fazemos o que amamos. Também conhecerá um pouco mais sobre a cultura roseana. E talvez se sinta motivado a peregrinar, uma jornada que é única (ninguém faz a travessia da mesma maneira), independentemente do lugar.
Aqui um retrato do meu ser-tão. Qual será o seu?